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ORAR COMO JESUS ORAVA – O PAI NOSSO E SEUS SETE PEDIDOS

Uma das grandes características de Jesus é que ele era uma pessoa orante, de profunda intimidade com Deus. Em casos específicos Jesus se retirava para orar, como antes da escolha dos doze (Lc 6, 12-13), na transfiguração (Mt 17, 1-8) e no Getsêmani (Mt 26, 36-46). O modo particular de Jesus orar encantava de tal modo os discípulos, que em um determinado momento depois de verem o Mestre rezar, um dos doze faz o seguinte pedido à Jesus: "Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou seus discípulos” (Lc 11,1), então Jesus ensina uma oração tão bela, tão profunda que hoje é a oração universal dos cristãos, refiro-me a oração do Pai-Nosso (Mt 6, 9-13).

Por ser o Pai-Nosso a oração universal dos cristãos, é uma das primeiras orações que aprendemos, sem contar que ela está contida nas mais diversas formas de devoções (rosário, novenas) e, ainda na liturgia, recebe um lugar especial. Porém, por ser ela uma oração ordinária na vida dos cristãos, muitas vezes a rezamos de maneira “automática”, e assim perdemos a beleza e a profundidade que ela traz. Então, vamos ver o porquê a oração ensinada por Jesus é riquíssima e profunda.

O Pai-Nosso contém sete pedidos que podem ser divididos em duas partes: os três primeiros referem-se a Deus e à forma correta como o servimos, os quatro últimos levam a Deus as nossas necessidades humanas. Vamos a eles:

Santificado seja o vosso nome.

Este pedido é uma verdadeira ação de graças, pois santificar o nome de Deus é reconhecer com gratidão toda a obra de revelação, de salvação e de santificação que Ele fez em nosso favor. Assim santificar o nome de Deus é fazer Sua vontade, louvá-Lo, reconhecê-Lo, render glória e viver segundo seus mandamentos.

Venha a nós o vosso reino.

Quando fazemos essa invocação, pedimos a Deus que se instaure definitivamente o Seu reino aqui na Terra. Mas qual é o reino de Deus? Durante toda Sua vida pública, a missão de Jesus foi pregar o Reino, Reino cujo o qual emana misericórdia, mansidão, bondade, igualdade no qual todos tem lugar.

Seja feita a vossa vontade.

Aqui pedimos que a vontade de Deus, que já acontece no Céu, aconteça na Terra e em nosso próprio coração. Fazer com que a vontade de Deus aconteça em nossa sociedade e em nosso coração, exige despojar de nossos planos, ideias, vontades que, por muitas vezes, são intimistas e egoístas. São Paulo nos lembra na primeira carta à Timóteo, que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2, 4), e a verdade é Jesus, ele mesmo afirma “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6).

O pão nosso de cada dia nos dai hoje.

Esse pedido está muito ligado em confiar em Deus, pois Ele é a fonte de onde todas as coisas provém, mas também não podemos cair na falsa providência. Deus nos dá a força, a inteligência, a saúde para obter nosso sustento, porém o sustento para o corpo não é suficiente ao homem, assim também Deus provê a nós o alimento espiritual que se dá pela Eucaristia e pela Palavra, como já dizia São Bento “Ora et Labora”.

Perdoai-nos as nossas ofensas.

Esta petição nos coloca com a dimensão misericordiosa de Deus. Ele sempre está disposto a nos perdoar. O Papa Francisco nos diz: “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a Sua misericórdia” (EG 14), porém nos impõem uma condição, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não que se não perdoarmos os nossos irmãos Deus vai se zangar e não perdoará, mas sim, se não perdoarmos os nossos irmãos, não somos capazes de nos abrir a graça, de sermos tocados pela misericórdia de Deus. Nesse ponto Jesus foi muito enfático, quando Pedro pergunta a ele: “Senhor quantas vezes devo perdoar a meu irmão que peca contra mim? Até sete vezes?” e Jesus responde: “não digo até sete vezes, mas setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22), ou seja, quantas vezes forem necessárias, pois a falta de perdão faz mal para o corpo e para a alma.

Não nos deixeis cair em tentação.

Aqui pedimos a Deus que não deixe com que caiamos às tentações do pecado pela nossa condição humana. O próprio Jesus foi tentado e graças à Sua profunda e constante oração e intimidade com o Pai e o Espírito, não cedeu a Satanás no deserto. São Paulo nos fala da constante briga entre o espírito e a carne, e o próprio Jesus nos diz: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26, 41). O pecado e a tentação sempre vão depender da atitude que nos portamos diante deles, e se estivermos em intimidade com Deus, Ele sempre, pela ação do Espírito, nos conduzirá para o bom discernimento diante deles.

Livrai-nos do mal.

Neste último pedido, o mal que Jesus se refere é uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O Diabo (dia-bolos) é aquele que se atravessa no desígnio de Deus e na Sua obra de salvação realizada em Cristo (CIC 2851). Na história da humanidade vemos constantemente as ações diabólicas na vida do ser humano, as guerras, a corrupção, ataques contra a família são exemplos das investidas diabólicas contra a obra de Deus.

Agora que meditamos um pouco sobre esta magnífica oração que Jesus nos ensinou, peçamos à Mãe do Bom Conselho que interceda por nós a Jesus, e nos ensine sempre a sermos mais assíduos na oração e aos irmãos.


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